Inovação e mobilidade

As inovações e o futuro da mobilidade

Por Patricia Travassos

De uns tempos pra cá, a mobilidade tem mais de um significado: primeiro, o bom e velho “ir e vir” – físico.

E também a mobilidade, viabilizada pela internet, que nos permite acessar diferentes ambientes sem sair do lugar.

É a combinação dos veículos públicos ou privados com a conectividade que pode alterar a paisagem urbana e acabar ou reduzir índices de congestionamento que a gente vê todos os dias.

E o que vem por aí para resolver problemas de mobilidade?

Eu divido esse cenário em dois, inspirada no futurista alemão Gerd Leonhard:

  • a ficção científica e
  • o fato científico.

Os carros autônomos, capazes de subir escada ou até mesmo de voar, aqui no Brasil, ainda me parecem personagens de ficção científica, por enquanto. Embora haja quem diga que em 2030 já haverá 10milhões deles circulando no mundo e em 2050, eles representem 65% da frota mundial de carros.

Mas já existem alguns fatos científicos, como os carros, as bicicletas e patinetes que são compartilhados, alguns elétricos ou mesmo movidos a energia solar (E-Moving, Yellow…). E tb os aplicativos de carona (Bynd) e de monitoramento de tráfego (Waze) que ordenam o trânsito conforme a demanda das vias e possibilitam à gestão pública observar tendências.

Hoje, no transporte público, já é possível acompanhar o horário de chegada dos ônibus aos pontos por meio do GPS dos veículos e avaliar a qualidade dos serviços que estão sendo prestados. Mas, ainda é preciso criar uma lógica de cooperação entre, por exemplo, o serviço de ônibus com os aplicativos de transporte para otimizar recursos e equipamento.

E além disso, promover economia de tempo, dinheiro e de emissão de poluentes.

Esse é o presente!

 

Se olharmos para trás, é muito interessante pensar que as empresas fabricantes de carro que antes lidavam com mecânica ou, no máximo, sistemas elétricos, agora, desenvolvem componentes eletrônicos, softwares inteligentes que aprendem e se modificam conforme o uso e o usuário do veículo.

Eu diria que a grande mudança é, sim tecnológica, mas acima de tudo cultural: é a cultura do excesso abrindo espaço para a cultura do acesso. O que já foi…e ainda é… símbolo de status e de liberdade, hoje dá lugar à mobilidade como serviço – numa experiência de mobilidade urbana mais humana e ao mesmo tempo inteligente  – que visa o acesso universal, a autonomia e a segurança para as pessoas.

E o que oferece uma mobilidade urbana mais humana?

  • Segurança
  • Sustentabilidade
  • Eficiência
  • Acessibilidade
  • Inclusão universão

Exemplos de serviços e apps que facilitam a mobilidade:

E-MovingA E-Moving tem a missão de revolucionar a forma como as pessoas se deslocam nas cidades. Para isso, oferece aluguel de bicicletas elétricas. Um meio de transporte rápido, efetivo e sustentável. A E-Moving conta com pontos de aluguel de bikes elétricas em hotéis, empresas e espaços de coworking.

Bynd O Bynd é uma plataforma de caronas para organizações. A ideia é melhorar a experiência no trânsito, já que as pessoas passam, em média, 10% do dia dentro do carro. Escolhido dentro da COP 21 como a segunda melhor solução global para redução de emissões de carbono em grandes cidades.

HiTech Electric – Idealizada pelo Engenheiro Mecânico Rodrigo Contin, a Hitech Electric  é a primeira montadora brasileira de veículos elétricos (carros e caminhões), sempre apoiada em 4 pilares da nova-mobilidade: elétrica, conectada, compartilhada autônoma. Mantem um portal para a compra online de veículos e disponibiliza o que chama de “Mobilidade como Serviço” (MaaS – Mobility as a Service) em que os usuários pagam por utilização, individualmente ou em grupos.

Este tema foi pauta do comentário de Patricia Travassos no programa “Em Ponto”, na Globonews no dia 15/8/2018