Ok, prever um acidente ainda não previne o acidente. Mas na velocidade em que a tecnologia está evoluindo isso também não vai demorar a acontecer. Aliás, é para onde estão mirando os carros autônomos – que vão ser capazes de “conversar” entre si para justamente evitar colisões.
Mas, confiram que exemplo interessante que já está em prática lá na Suécia:
Essa espécie de gola é um capacete para ciclistas urbanos que garante ser 8 vezes mais segura do que o capacete comum.
Ela funciona como um airbag, mas com uma diferença fundamental: O capacete abre antes do impacto acontecer.
Como isso é possível?
Mais um avanço da Inteligência artificial turbinada com uma novidade: a chamada computação de borda. O Daniel Laper, que é especialista em Internet das Coisas, me explicou que essa é uma tendência que aproxima duas coisas o poder computacional de sensores, na ponta. O que torna possível o processamento local de muitos dados, permitindo que um dispositivo seja tão inteligente quanto imediato nas suas respostas.
Com essa tecnologia, o tal capacete, por exemplo, consegue monitorar e processar localmente cerca de 200 movimentos que o ciclista faz por segundo. Esses dados são cruzados com registros de acidentes de bicicleta que aconteceram no passado (um big data de imagens em fotos, vídeos) e geram conclusões para o capacete diferenciar um pequeno desequilíbrio de uma provável queda e reagir de forma assertiva, evitando erros. Afinal, o capacete nem pode deixar de ser acionado em caso de acidente, nem tampouco deve ser acionado sem necessidade. No susto, ele poderia acabar provocando a queda. O que é surpreendente é que, com essa tecnologia, o dispositivo não precisa estar conectado à internet. Então, ele já funciona hoje, sem 5G.
Será que dá para confiar?
Agora, pare um pouquinho de ler esse texto e reflita: você confiaria cegamente na tecnologia a ponto de abandonar o capacete convencional de bicicleta e substituir por esse tão inovador? Essa é uma pergunta que a gente vai cada vez mais se fazer…
E para responder da melhor forma, precisamos desenvolver um pensamento crítico, buscar informação para não virarmos reféns da tecnologia. Muito pelo contrário: devemos tirar o máximo proveito dela à medida em que evolui.
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