A transformação digital tem exigido das empresas e, claro, dos profissionais de todas as áreas uma enorme capacidade de se abrir para o novo. Para quem já está no mercado de trabalho, além de aprender precisamos exercitar o “desaprendizado” para abandonar velhos hábitos e não resistir à inovação.
Até outro dia, o QI era o melhor indicador da capacidade intelectual das pessoas. Aí foram surgindo outras formas de medir a nossa inteligência: a emocional, a espiritual e agora surge o QA: que é o coeficiente de adaptabilidade, segundo o professor da Singularity University Amir Toufani.
É que nem andar de bicicleta…
Sabe aquela expressão que diz assim: “ah, isso é igual andar de bicicleta”! Quando você aprender, nunca mais esquece. Então, fora os nossos valores éticos (que precisam ser bem sólidos), precisamos estar dispostos a, sim, desaprender e abrir mão de velhos hábitos.
Olha como isso é difícil:
O cientista americano Destin Sandlin fez uma experiência divertida: ele inverteu a lógica da bicicleta. Quando a gente vira o guidão para a esquerda, a roda vai para a esquerda, certo? Ele inverteu isso. E desafiou pessoas no mundo todo a andar nessa bicicleta. Ninguém consegue andar mais do que um metro de distância porque o cérebro delas foi treinado a sempre fazer o oposto.
Bom, ele insistiu. Levou 8 meses para conseguir andar na nova bicicleta. Aí, ele desafiou o filho, de 6 anos. Em duas semanas, o menino fez o mesmo que ele levou 8 meses para fazer. Isso mostra não só a incrível capacidade de aprendizado do cérebro infantil, mas o esforço que é exigido de um adulto para abandonar velhos hábitos. Bom, obviamente, ele desaprendeu a andar na bicicleta normal, né? Mas, em 20 minutos, pegou o jeito de novo.
Tudo isso para dizer que as novas tecnologias estão exigindo isso do nosso cérebro: a criação de novos caminhos neurais para estimular a criatividade e ampliar a nossa capacidade de criar novos modelos.
Pague o quanto rir
Uma companhia de comédia em Barcelona criou uma saída super criativa para aumentar o faturamento, aumentando o preço dos ingressos sem ser antipática. Instalou tablets com reconhecimento facial em cada poltrona e passou a cobrar por risadas. Ou seja: quem não gostou da peça e não riu, não paga. E quem gostou, paga mais, claro. Mas certamente, paga com prazer.
Cada sorriso custa 30 centavos de Euro.
Bom, o faturamento da cia aumentou em 35% e a média do valor de cada ingresso subiu 6 euros.
É um exemplo inspirador para gente que é empreendedor se perguntar todos os dias o que pode fazer diferente.
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