Dirigido por Patricia Travassos e produzido pela Prosa Press, o filme mergulha nas histórias de seis personalidades brasileiras durante os seus 70 minutos de duração. Cada personagem apresenta uma faceta da diversidade e do corpo como veículo de expressão. O filme esteve em produção durante 10 meses e reúne, dessa maneira, imagens inéditas e íntimas. Com uma narrativa potente e provocadora ao passo que conecta arte, esporte, política e ancestralidade.
O documentário contou com evento exclusivo de exibição no auditório do MAM em dezembro de 2023 e com uma Cine Semana realizada no Espaço Augusta de Cinema, de 16 a 22 de maio de 2024, com ingressos gratuitos.
Conheça abaixo um pouco mais das figuras que fazem parte deste retrato-mosaico em forma de filme.
Ney Matogrosso: A Estrela Andrógina
Ney Matogrosso, um ícone cultural do Brasil, é retratado como um dos precursores da androginia estética. Sua voz aguda e seu corpo sinuoso desafiaram os padrões conservadores da ditadura militar brasileira, ganhando respeito e influenciando gerações. Desde sua passagem marcante pelo grupo Secos & Molhados até os dias atuais, Ney personifica a coragem de desafiar convenções e afirmar a liberdade de expressão.
Rebeca Andrade: A Ginasta que Dança o Funk
Rebeca Andrade faz história como a primeira ginasta brasileira a conquistar o ouro olímpico e a ganhar duas medalhas em uma única edição dos Jogos Olímpicos. Originária de Guarulhos, sua jornada de sucesso é marcada por superações e resiliência, tendo encontrado no funk “Baile de Favela” uma inspiração para suas conquistas. Sua presença em pódios internacionais destaca suas habilidades atléticas e sua representatividade como uma mulher negra no esporte.
Alma Negrot: A Poética da Drag
Raphael Jacques, transformado em Alma Negrot, utiliza a arte drag como uma forma de expressão política e poética. Através da reconfiguração de materiais e símbolos descartados, Alma desafia normas e ressignifica o próprio corpo como instrumento de resistência. Sua identidade fluida e provocativa desafia fronteiras e convida à reflexão sobre questões de gênero e poder.
Léo Castilho: A Audácia do Silêncio
Léo Castilho desafia as expectativas impostas pela sociedade em relação à surdez, transformando sua condição em uma fonte de criatividade e sensibilidade. Ao abandonar o uso de aparelhos auditivos, ele descobre novas formas de se conectar com o mundo através do toque, da visão e da vibração. Sua jornada como poeta, ator e músico destaca a importância da diversidade de experiências na construção de um mundo mais inclusivo.
Mona Rikumbi: A Dança da Resistência
Mona Rikumbi desafia as limitações impostas pela cadeira de rodas, redefinindo o espaço da dança e do teatro como uma mulher negra com neuromielite óptica. Sua arte é uma forma de ativismo, rompendo estereótipos e inspirando outros a superar obstáculos. Sua presença nos palcos tradicionais desafia noções de capacidade e representa uma vitória sobre as adversidades.
Katú Mirim: A Voz Ancestral do Rap Indígena
Katú Mirim traz consigo a voz dos povos indígenas através do rap, honrando suas raízes e transmitindo mensagens para as gerações futuras. Sua jornada de autodescoberta e reconexão com sua herança ancestral destaca a importância de preservar e celebrar a diversidade cultural. Sua música é um lembrete poderoso da resistência e da sabedoria dos povos originários.
Juntas, essas seis personalidades representam um retrato rico e vibrante da diversidade brasileira. Seus corpos são portadores de histórias, lutas e triunfos. “Singulares” nos convida a refletir sobre o potencial transformador do corpo e da arte na construção de um mundo mais inclusivo e compassivo.
Para Patricia Travassos, diretora do filme, o documentário reafirma que o padrão é ser verdadeiro em busca de liberdade. “Ao compartilhar suas reflexões, eles inspiram mudanças. É o que chamamos de terrorismo poético, que ilumina o caminho para um mundo mais inclusivo”, pontua sobre o documentário ‘Singulares’ que está em cartaz no Espaço Augusta de Cinema, em São Paulo.
Patrocinado pela 3M Brasil, o documentário foi viabilizado por meio da Lei nº 8.685/93, que cria mecanismos de fomento à atividade audiovisual. Para a Líder de Marca e Comunicação da companhia, Layza Mesquini, a arte, assim como a ciência, tem o poder de desbloquear o imaginário das pessoas para aquilo que é possível. “Por essa razão, a empresa prioriza o apoio a projetos e documentários como o Inspira: Singulares”, finaliza.
Saiba mais sobre o filme: https://www.docinspira.com.br/inspira-singulares