Você já ouviu falar em Medicina Exponencial? A palavra exponencial vem sendo usada pra turbinar tudo o que ganha o reforço da tecnologia. Mas no caso da medicina, não é exagero dizer que os cuidados com a nossa saúde tem condições de se transformar por completo, exigindo uma nova postura tanto dos médicos, quanto dos pacientes. Que ver?
Quantas vezes por ano você vai ao médico? Normalmente, as pessoas fazem uma ou duas visitas anuais. Algumas só procuram um profissional de saúde quando sentem algum desconforto? Então, imagine a possibilidade de ter a saúde monitorada 24 horas por dia?
Não é ficção científica…já é fato. Aplicativos de celular, acessórios vestíveis, sensores ingeríveis e até implantáveis estão sendo cada vez mais capazes de rastrear nossos sinais vitais, nossa atividade física, dieta, qualidade do nosso sono, entre outros indicadores. Aí, esses dados são cruzados com a idade e até o nosso endereço. Isso mesmo! Quando o assunto é saúde, o nosso CEP pode ser mais importante do que o nosso DNA, uma vez que ele influencia na qualidade da água que a gente toma, na estrutura de saneamento básico, nas questões de vacinação que impactam diretamente na transmissão e no combate às doenças.
Quem nos disse isto foi o Dr. Daniel Kraft, chefe das pesquisas em Medicina Exponencial da Singularity University, que, numa entrevista pra lá de esclarecedora nos contou detalhes sobre o impacto da Medicina Exponencial nos nossos cuidados pessoais.
Para ele, o nosso sistema, atualmente, focado em combater doenças, finalmente poderá se tornar, verdadeiramente, um sistema de saúde. Com a capacidade não só de prevenir, mas também de prever doenças e agir com mais precisão, permitindo terapias menos tóxicas e mais acessíveis.
A explicação está na convergência das tecnologias, que vai nortear os próximos tempos.
Todas as tecnologias citadas acima se desenvolveram ao longo dos tempo separadamente. Mas, agora elas estão unindo forças e permitindo resultados mais rápidos e mais eficazes.
Isso significa que a medicina fica menos humana? Não. Muito pelo contrário.
Essas ferramentas vão exigir que os médicos saibam ligar os pontos e fazer as perguntas certas para tirar o melhor proveito da tecnologia.
Enquanto isso, o paciente se transforma no copiloto do seu próprio cuidado. Não buscando no Google o diagnóstico para seus sintomas, mas aprendendo a se monitorar, tomando consciência das próprias rotinas e ações e buscando ajuda médica não só depois de uma crise (um infarto, um derrame ou algum sintoma agudo), mas munido de informação e autoconhecimento.
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