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Pílulas da Longevidade

Você já parou pra pensar em como estará aos 85 anos?

A expectativa de vida da população no Brasil e no Mundo tem crescido com a evolução da medicina, da tecnologia e das condições gerais disponíveis. Esta nova realidade faz com que seja preciso começar a pensar desde cedo no futuro se preparar para aproveitar os anos adicionais que conquistamos com saúde e vitalidade.

Exemplos para uma vida melhor

A Prosa Press criou e desenvolveu o projeto “Pílulas da Longevidade” a partir da solicitação da Bradesco Seguros. Buscamos entender os segredos da longevidade conversando com pessoas realizadas em suas áreas de atuação e que vem mostrando que a idade é um mero detalhe.

Conheça os temas e os personagens da nossa série:

Tenha um projeto de vida

O Dr.Alexandre Kalache é médico especializado no estudo do envelhecimento e foi Diretor da Organização Mundial da Saúde.

Para ele, o envelhecimento deve ser um processo ativo. “As pessoas precisam refletir sobre o assunto o mais cedo possível. Afinal, ficamos mais velhos desde o momento em que nascemos. Muita gente se dá conta de que envelheceu só quando se aposenta. E aí o choque é inevitável. Se a vida for planejada para evitar mudanças tão bruscas quanto parar totalmente de trabalhar ou de deixar de ganhar um bom salário para se contentar com a aposentadoria, o processo de envelhecimento é menos dolorido.


Suely Scartezini

Pense numa mulher linda, em paz com sua história. Esta é a Suely. À primeira vista, qualquer um pensaria: esta psicóloga, de fala ponderada, que desenha e pinta quadros vibrantes nas horas vagas, nunca sofreu. Ledo engano. Muito jovem já tinha enfrentado lutos importantes que a confrontaram com a morte bem antes do tempo.

Para compreender e tentar superar a dor que sentia, Suely decidiu cursar a faculdade de psicologia. Estudou Lacan, Jung, Freud. Foi buscar explicações na ciência e na espiritualidade. Queria encontrar um significado para tudo o que estava vivendo. Suely acredita que as adversidades têm um propósito na vida de qualquer pessoa. Contos de fada simplesmente não existem e isto pode ser bom. Desde que os indivíduos se disponham a ser transformados pelos fatos.

É por isto que a psicoterapeuta costuma dizer que a chance de viver muito nos possibilita morrer e renascer várias vezes numa só existência. Para ela, a longevidade não é tentar estender a juventude, mas viver vários personagens e propósitos ao longo do tempo, de acordo com as perdas e os ganhos que se apresentam.

Ivaldo Bertazzo

Ivaldo Bertazzo é coreógrafo e educador corporal

A paixão de Bertazzo pela dança e pelo movimento começa aos 16 anos quando o menino da Mooca passa a ter aulas com grandes nomes da dança, como Tatiana Leskova, Paula Martins, Renée Gumiel, Ruth Rachou, Klauss Vianna e Marika Gidali.

Apesar de sonhar em ser bailarino, não se identificou com os palcos e preferiu trabalhar na formação de cidadãos dançantes – como costuma chamar qualquer pessoa disposta a tomar consciência sobre o próprio corpo e seus movimentos.

Sobre a longevidade, Bertazzo diz que o que mais o angustia não é perder a formosura de um corpo juvenil, mas as perda gradativa da consistência dos ossos e da força muscular para subir escadas ou se equilibrar. O velho perde a capacidade psicomotora fina, o alcance e a precisão. Isto porque o primeiro a envelhecer é o gesto (só então, envelhecem a pele e os músculos). Nossos passos ficam mais curtos, mantemos os objetos mais perto para não precisar nos esticar e, com isto, perdemos amplitude. Buscar zonas de conforto envelhece. É preciso buscar o movimento para seguir adiante.

Miriam Goldberg

Mirian não revela a idade. Não porque rejeita a passagem do tempo. Muito pelo contrário. Na verdade, ela se considera inclassificável (ageless). Acha que as pessoas são rotuladas pela idade que têm, enquanto deveriam ser avaliadas pelo que são.

A antropóloga conta que nunca foi tão feliz quanto na idade madura. Em todos os sentidos: profissional, pessoal e até sexual. Antes, vivia para satisfazer os outros. Tinha medo do que as pessoas pensariam sobre suas atitudes. “Hoje, eu vivo para mim. Ser verdadeira com o que eu quero e penso foi a maior revolução da minha vida. Aliás, estudar a Bela Velhice foi a minha grande virada”, diz ela. “Passei a rir mais, a dizer mais “não” e a vencer os preconceitos. Para mim, aceitar a passagem do tempo é o segredo para levar a vida menos a sério”.

Em suas pesquisas, Mirian compara como homens e mulheres encaram o processo de envelhecimento. Para ambos os sexos, a velhice chega acompanhada da liberdade. Cada um do seu jeito.

Roberto Azevedo

Com o aumento da longevidade, a vida hoje é como uma maratona. É preciso ter estratégias de um atleta para cruzar bem a linha de chegada.

Conheça a receita de resistência do ironman Roberto Azevedo Junior.

Mara Salles

Mara Salles, é Chef de cozinha do restaurante Tordesilhas, criado há quase 30 anos. Ela adora ficar na cozinha, onde conta até hoje com a ajuda e o afeto da mãe, de 85 anos.

Para ela, cozinhar é uma atividade que une o físico e o mental: “O meu restaurante está em constante construção e isso me mantém conectada com o novo. Além disso, diariamente carrego panelas pesadas, subindo e descendo as escadas entre as duas cozinhas do restaurante. Quer melhor exercício que esse para manter a forma na minha idade?”

Mara diz que o ato de cozinhar é um aliado para a longevidade. Para preparar um bom prato, é preciso generosidade e organização. Cozinhar para o outro é um ato de amor e um ótimo exercício de planejamento.

Afinal, separar os ingredientes, cortar e observar os diferentes tempos de cozimento exigem lucidez. Sem contar que o ato de comer está diretamente ligado ao cuidado com a vida. Não se trata de apenas comer para nutrir-se, mas o segredo é comer pelo prazer de alimentar a alma.

Wellington Nogueira

Wellington Nogueira é ator e fundador do Doutores da Alegria há 25 nos.

No início da carreira de ator, Wellington queria ser uma estrela da Broadway. E entrou num curso de clown em Nova Iorque sem grandes expectativas. O que ele não imaginava é que sua vida estava prestes a mudar. Ele se tornaria um palhaço para alegrar a vida das pessoas.

Para ele, como uma criança, o palhaço vive 100% o presente num misto de ingenuidade e inconsequência. “Por que será que a gente perde essa inocência e a capacidade de rir de nós mesmos quando envelhecemos?”, pergunta o ator. “Repare bem: toda piada tem uma pausa. É a deixa que nos permite rir. Na vida, também temos momentos de crise. É o que nos prepara para novas surpresas e boas emoções”.

Wellington não acredita que o riso seja capaz de solucionar problemas, mas ele ajuda a integrá-los de forma mais leve à vida. Além do mais, o riso é contagiante. “O barato da vida é cair, rir e levantar. É buscar na gente o que está bom, mesmo que algo ruim esteja acontecendo.”

Vera Cordeiro

Formou-se em medicina e, depois de trabalhar por quase 20 anos no hospital da Lagoa, região nobre carioca, iniciou um trabalho com crianças longe dos cartões postais.

Vera tinha 41 anos e duas filhas quando fundou a ONG. Para ela, a maternidade foi um sonoro alarme contra o conformismo. Ao comparar as condições que vivia com a das mães que atendia no consultório, decidiu agir. Queria combater as causas que provocavam o retorno frequente de crianças ao consultório, sempre com os mesmos sintomas.

Hoje, Vera não clinica mais. Dedica-se a replicar a experiência da ONG mundo afora. Diz que tem pensado muito no envelhecimento. E por isto, tem tentado organizar melhor o seu tempo, buscando equilíbrio e sabedoria para harmonizar todos os papéis que ela desempenha no seu dia-a-dia: o de mãe, avó, esposa e empreendedora. “A velhice nos confronta com os nossos limites”, afirma a médica. “Ela exige uma urgência maior em realizar ideias. “Como quem não morre, envelhece, esta é a melhor alternativa para aqueles que têm objetivos na vida”.

Glória Khalil

Nasceu na Bahia e, a partir dos 8 anos de idade, foi criada em São Paulo. Aos 11 anos, já desenhava roupas para as amigas. Um pouco mais tarde, vendia camisetas no colégio. Ou seja: tornar-se estilista foi muito natural.

Hoje, Gloria diz que não vende roupas. “Eu vendo energia, afirma a criadora da marca G. “A roupa da gente cura e dá amor. Porque a beleza é o que vem de dentro. Você precisa estar segura, ser feliz e criar harmonia para se sentir bonita. A beleza não é só física. A beleza vem da alma, da inteligência e da atitude. É preciso ter postura na vida, em todas as etapas”!

Gloria garante, entre risadas, que tem a receita para não envelhecer: “Primeiro, eu faço tudo de verdade! Tomo remédios fitoterápicos há décadas, pratico yoga há 40 anos e estou conectada com tudo o que há de novo. Tenho amigos de todas as idades, inclusive nas redes sociais”. Ela se interessa em conhecer gente nova para aprender e viver sempre à frente do seu tempo.

Encerramento

Assista ao 10° episódio e reveja alguns dos melhores momentos desta série inspiradora e que pode nos ajudar a viver mais e melhor.

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